Final de semana de filho na casa do papai, o que faremos? Eu adoro sair pra dançar, conversar e dar risada, pra mim é quase terapia. Pois bem, quase final de balada, entre risadas, danças e afins, rola um interesse na pista. Normal.
O moço pediu meu telefone e eu dei, nada demais. Ainda mais hoje em dia que as conversas são pelo Whatsapp, então é fácil dar um block caso a conversa não esteja agradando. Enfim, no dia seguinte o moço me chamou para bater papo. A conversa ia bem, amenidades em geral, até que entramos no assunto relacionamento. Foi só falar as palavras "separada" e "tenho um filho", que a conversa se dissipou em questão de minutos. Afinal, quem quer se relacionar com uma mãe solteira?
Eu poderia ter omitido minha situação, afinal eu mal conhecia o cara. Tá certo isso? Não está não. Não vou mentir, se quer me conhecer, vai saber a real logo de cara. E outra, a pessoa não tem passado não? Deveria eu desconfiar que um cara de trinta e tantos anos nunca teve um relacionamento sério e que claramente tem medo de se relacionar? Deveria né? Foi o que eu pensei.
Na hora me bateu uma chateação, eu por acaso estava propondo casamento pro cara e não percebi? Expectativa zero amigo, não te conheço. Depois pensei bem, por que eu iria querer alguém na minha vida que não aceitasse essa minha situação? O cara acha que se livrou de mim, mas mal sabe ele que quem se livrou de um trouxa fui eu. Naquela noite ao me deitar, eu fui bater meu papo diário com Deus e fui categórica: Deus, me livra dos babacas. E desde então, essa frase tem sido quase um mantra.
Nunquinha na minha vida eu vou preterir meu filho por QUALQUER CARA, qualquer um. Pode ser o homem mais maravilhoso do universo, mas se me fizer por um instante duvidar sobre "aceitar minha situação", cai fora. Meu filho é minha extensão, não meu anexo. Eu não preciso de um pai pro meu filho, ele já tem pai e que o ama muito. Também não busco status nem dinheiro, felizmente sou independente desde muito cedo. Eu procuro quem me complete, não busco solução para nenhum problema.
No dia seguinte ao ocorrido, acordei com esse texto do Carlos Mion na minha timeline, que fala sobre o relacionamento com mães solteiras e destaco alguns trechos abaixo:
"Vivemos um momento de desvalorização ... A moda é não ter valor, ou dizer que qualquer coisa tem valor igual, o que é uma insanidade. Ser mãe, seja natural ou adotiva, é a oportunidade que uma mulher tem de se tornar melhor. ELEVAR O SEU VALOR. Infelizmente, assim como acontece com os professores, que antes eram tidos como mestres e respeitados por serem provedores de conhecimento e valor, hoje em dia ser mãe parece ser um estorvo para algumas pessoas. ... Em um mundo onde é modinha ser irresponsável, quem assume e responsabiliza-se por cuidar de alguém, em hipótese alguma pode sentir-se inferior por essa condição. Você é mais! Lembre-se." (Carlos Mion)
É isso mesmo, tenho que acreditar no meu valor e que homens babacas existem aos montes, só que euzinha não sou obrigada a me submeter a eles, pra isso fico sozinha de boas dançando e rindo na pista.
Farei camisetas com o meu mantra, que servem não só para mães solteiras, mas para todas as mulheres!
Na íntegra o texto do Carlos Mion:
http://lounge.obviousmag.org/feminalis/2015/03/mae-solteira-nao-serve-para-se-relacionar-1.html
Ele fez certinho! Pulou fora!
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