Mas Eduardo é muito curioso e sempre tem uma perguntinha na ponta da língua. Primeiro começou com a história do peixinho que morreu lá na casa do pai, que ele não se abalou muito. Perguntei o que aconteceu e ele disse que o peixe não acordou e que o pai jogou na privada (que fim horrível pra esse peixe #RIPPeixe).
Depois um dia, falando sobre os bisavós que ele não conheceu, ele me perguntou onde eles estavam. Falei que tinham virado estrelinha e pensei que tinha sido suficiente, mas ele começou a perguntar porque as pessoas viram estrelinhas. Eu disse que quando a pessoa fica muito velhinha, ela vai pro céu e vira uma estrela e mais uma vez veio uma chuva de perguntas:
- Todo mundo vira estrela?
- Você vai virar estrela?
- EU vou virar estrela?
- As estrelas viram pessoas de novo?
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Ai ai ai |
Recentemente, brincando com o meu pai, ele estava muito perto da sacada e meu pai disse pra não ficar se debruçando lá, que ele poderia cair e se machucar. "Mas se eu cair e MORRER, eu vou nascer de novo nessa família?". Complicado né?
Andei lendo por aí como lidar com a questão da morte com crianças tão pequenas e em todos lugares que li, diziam o seguinte:
- Obedecer a idade da criança e seu raciocínio
- Levar em consideração a pergunta da criança e não se aprofundar muito na resposta
- Porém, dizer coisas como "o fulano dormiu pra sempre" podem assustar a criança a causar problemas com o sono (TOC TOC TOC)
- No caso de uma perda próxima, deixe a criança viver o luto da forma dela, mas dê todo o apoio necessário
- Deixe a criança chorar, mas não force
- O ideal é usar a palavra morte ao invés de eufemismos ou metáforas (essa confesso que ainda não consigo)
A revista Veja dá algumas dicas de como lidar com a questão:
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Fonte: Revista Veja |
E vocês, como lidam com um assunto tão delicado como esse?
Muito bom o post, Thata! Sempre bem difícil mesmo falar sobre isso com eles, principalmente qdo nós tb enfrentamos a dor de uma perda. beijo querida
ResponderExcluiré verdade, já é difícil pra gente processar a morte, imagina para os pequenos né?
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