Nossa família - arquivo pessoal |
No domingo passei o dia fora de casa, no final da tarde uma sensação de cansaço, dor de cabeça, uma coisa estranha baixou em mim. Voltamos para casa, medi minha pressão 19/12. Como estava no carro preferi achar que a marcação estava errada.
Chegando em casa, fiz três medições que ficaram entre 17/11 e 16/12. Tomei um banho, um remédio pra melhorar (já receitado pela GO em outro momento), arrumei umas coisas, deitei. Uma hora depois a pressão continuava em 16/12.
Liguei pra GO, ela falou pra ir pro PS e medir lá a pressão, além de ser avaliada melhor.
Chegando no hospital, medição da pressão por volta de 14 (não lembro por quanto), colo do útero levemente amolecido e a mesma dilatação de dias 1/2 cm (quer dizer, comer pimenta, agachar, subir escada não adiantaram muito), as contrações estavam ritimadas, porém muito fracas.
Médico solicitou um monte de exames e tomei um remédio pra pressão.
2 horas depois pressão nada de ceder, porém medicada iria para casa depois do ultrassom, e acompanharia em casa certinho.
O ultrassom
Todas as grávidas que desceram pro ultrassom voltavam chorando. Achei que era por conta da gravidez.
Desci com a enfermeira, Fabio ficou na sala de espera com JP dormindo.
Esperei uns 10 minutos para fazer o exame, quando deitei na cama do USG gelei, sei lá deu um medo.
O médico fazia o exame e não falava nada (um fofo - sqn), aí comecei a perguntar um monte de coisas. E fiz a fatídica pergunta: tá tudo bem né?
Médico fofo (sqn) fala: não.
Ele me explicou que o líquido amniótico estava baixo e que não era bom pro bebê.
Falei que tinha feito perfil biofísico na sexta e o liquido estava bom, a placenta também. Que ganhamos nota 8. Ele disse que isto muda muito rápido quando se tem mais de 39 semanas.
Ele simplesmente disse que não estava bom, que era melhor induzir o parto ou fazer a cesárea. Assim na lata. Ainda bem que eu estava deitada.
Voltei, adivinhem? Chorando.
Fabio ficou desesperado.
Conversamos com o médico e ele falou várias coisas para nos acalmar. Que podia ser que a bolsa tivesse rompido e eu não percebi, que em breve entraria em TP e outras tantas explicações.
Simplesmente não conseguia lidar que a bolsa tinha rompido e eu não percebi ou que simplesmente o líquido tinha secado.
Lógico, minha pressão subiu.
GO
O exame saiu na tela pro médico e ele ligou para minha médica, explicou que meus exames estavam bem e o resultado do ultrassom. Conversaram qualquer coisa com ele e passou o telefone para mim.
Ela explicou que podia ser a bolsa, mas era pouco provável e que da forma que estava podia esperar até terça feira entrar em TP ou fazer a cesárea.
Falei que se fosse para ficar no hospital esperando entrar em TP sem problemas, só não queria ir pra casa, ver minha pressão subir, ou sentir qqr coisa que não fosse "normal" e ter que enfrentar o transito para chegar na maternidade e por meu filho em risco.
Ela me explicou que não podia fazer isto, que se eu ficasse internada teria que ser para induzir o parto, mas com cesárea anterior esta possibilidade estava descartada como já tínhamos conversado.
A segunda opção era uma cesárea. Aceitei a segunda opção.
Fui internada, rezei com toda a força do mundo para entrar em TP até a hora da cesárea, 8h da manhã.
Dormir, não dormi. Fábio chamou os pais dele e buscaram o JP.
Ele dormiu um pouco.
Fui internada as 2h da manhã. As 5h30 minha médica chegou, conversamos muito e realmente não tinha avançado em nada a dilataçao e as contrações continuaram no mesmo ritmo. Além da pressão ainda alta.
A cesárea
Fabio trocou de roupa, conversei com a anestesista, com a assistente, com a pediatra. Sei lá.
Lembro disto basicamente.
Fui anestesiada e lembro que quando foram retirar o Gustavo a médica assistente falou: Nossa, sem líquido!
Ele veio direto pra mim, ficamos nos namorando, não mamou. Saiu para ser medido, pesado e voltou enroladinho. Tiramos aquela selfie básica: papai, mamãe e bebê com toquinha do hospital.
Depois disso, o pouco que lembro é que fui pra recuperação e uma enfermeira não parava de conversar comigo (beijo enfermeira).
Quando subi, falava a mesma coisa: Ela disse q não tinha líquido! Alguém da minha família (não lembro quem) falou nossa ela só fala isto, tá no efeito da anestesia ainda.
Pouco tempo depois o Fabio subiu e em seguida o Gustavo.
Recuperação
Foi tudo tranquilo.
Muito medo, como na cesárea do JP.
Mas tomei banho sozinha encorajada pela enfermeira, lavei cabelo, me sequei, tudo sozinha.
Depois fui andar.
Amamentei meu bebê com ajuda da enfermeira.
Isto foi muito bom.
A enfermeira chegou falando que já era mãe de segunda viagem e já sabia como era e eu já falei: Preciso de ajuda. Contei toda a saga da amamentação do JP e ela pediu pra galera sair do quarto e conversamos sobre as minhas dúvidas e medos.
Foi muito bom mesmo. Se pudesse trazia ela pra casa, excelente! (outro beijo enfermeira da amamentação)
Ela passou todos os dias umas duas vezes e me ajudava. Quando vim pra casa foi super tranquilo, sem medo.
1 semana depois
Voltei na GO.
Na consulta conversamos mais ainda sobre o nascimento do Gustavo.
Muito e mais um pouco.
Acho que foi quando caiu a ficha de verdade que não consegui um VBAC, que tinha feito uma cesárea.
Agora está tudo bem. Mas na hora da conversa me vieram muitos medos, muita coisa que tinha sido enganada.
Que pressão alta e oligoâmnio (é este o nome) não são indicações de cesárea.
Porém, ciente de tudo que li e de experiências de outras pessoas, sei que fiz a escolha certa para aquele momento.
Sei que se tivesse voltado para casa teria me desesperado e seria péssimo para o Gustavo.
Segundo a médica, e o que li, não há muitas razões para acontecer o oligoâmnio.
É um indicativo para que algo não está indo bem, mas que tem outros fatores que devem ser avaliados. No meu caso, a pressão estava alterada foi levado em consideração.
A médica se despediu de mim na consulta com a seguinte pérola:
- Te espero na próxima consulta já planejando o VBA2C.
(quase respondi - Tá doida mulher?)
Ana, decisões conscientes sem colocar vidas em risco.
ResponderExcluirGustavo é lindo e você uma mãezona!
beijao e saude para os 4
Lele
Em momento algum questione a sua decisão! Cesarianas servem para situações em que haja risco para a mãe ou o bebê . Segurança em primeiro lugar, sempre! Parto normal é bom sim, mas às vezes simplesmente não dá para fazer.
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