Loucura Materna: Palmada não é agressão

terça-feira, 4 de junho de 2013

Palmada não é agressão

4 de junho é um dia para se refletir sobre a maneira como as crianças vêm sendo educadas em casa.
É dia Mundial de combate à Agressão Infantil.

A grande maioria de nós cresceu na base da palmada. Tapas na bunda, puxões de orelha, palmadas na mão. O castigo físico era a maneira mais utilizada para se disciplinar. Contudo, hoje é diferente: os safanões não são mais indicados e tendem a se tornar crimes com penas previstas em lei, ainda que muita gente faça uso deste método.

Não sei se a maneira de educar caiu por questões de pesquisas, de moda ou pela culpa da mãe, que procura sempre agradar as crianças para aplacar o peso dos ombros. Bater em um filho, hoje, é malvisto. Nem que seja um tapinha na mão da criança que mexe na tomada.

Primeiro dizemos não, falamos mais ríspidos, aumentamos a voz, gritamos e, quando a criança não nos escuta mais, vem o tapa.

Faltou controle: próprio e da situação.

Daí escuto: "bater e agredir são coisas diferentes". Mas qual a linha que define o que é disciplina, o que é violência? Quantas "palmadas educativas" são necessárias para termos uma agressão? Qual o peso da porrada para virar violência?

Tudo bem você dar um tapinha no seu filho, mas ai de quem fizer isso. Você pode; a professora e a babá, não.

Educar filhos é meio terra de ninguém: o estado pode controlar aquilo que é público, mas como vai controlar o que se passa em casa? Confiar na denúncia de maus tratos dos vizinhos? E aquela criança birrenta que parece estar sendo amputada quando lhe tiram o brinquedo?

O buraco é mais embaixo. O buraco começa na educação das pessoas para um novo educar.

Acontece que no Brasil, as coisas só andam na base da punição. Lembranças de uma época de ditadura  em que a coisa só funcionava na porrada.

Não existe linha fina entre bater e agredir. Palmada é agressão. Bater não educa.

Educar e punir são coisas bem diferentes.






Ah! Recomendo a leitura deste texto da Ruth de Aquino.

Um comentário:

  1. Adorei!!! Ótima reflexão, acho que cabe de cada mãe um bom senso... Confeço que dou palmadas sim, quando necessário. Bjs
    Vivi e isaac

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obrigada pelo comentário!

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