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Imagem: Google |
Aquela tristeza, aquele sentimento de que não vou conseguir tomar conta do bebê e sobreviver pode se alongar. Pode passar dos primeiros dias e após o nascimento do bebê.
É uma tristeza que não se sabe de onde vem, como vem e para quem veio. Parece que nem quando você recebe uma boa notícia seu estado de ânimo muda, melhora. Uma tristeza que simplesmente não deixa vida seguir.
Já imaginou você olhar seu bebê e ter medo de si? Porque suas reações estão tão fora de controle que não dá pra prever o que virá a seguir?
Chega uma visita em casa e, ao invés de ficar feliz por ter alguém te ajudando, você já começa a sofrer pela hora que a visita irá embora e você erá que ficar sozinha com aquele pequeno terrorista fofuxo que não para de sujar fraldas, bodies, macacões, que não para de chorar, que não para de vomitar, que não deixa os varais vazios com suas mini roupas...
Socorro!
Aí, seu marido/namorado/amante/pai do seu filho chega, e você não melhora da sua tristeza, só faz chorar e reclamar sem parar. Claro! Você não pensa em tomar um banho e trocar de camisola, pois sabe que aquele ciclo amamentar-trocar fralda-trocar roupa-não deixar chorar- colocar no berço não vai ter fim novamente.
Essa tristeza tem nome: DEPRESSÃO PÓS-PARTO.
E, sim, tem cura.
E, sim, não é frescura.
E, sim, pode estar acontecendo com você.
Beijos,
Ana Carolina
Exatamente isso e mais um pouco. "sofrer pela hora que a visita irá embora". Era exatamente assim!
ResponderExcluirQuando a licença do meu marido acabou, pensei q fosse morrer. Mesmo. Implorei que ele ficasse mais um dia. E mais outro. E emendasse a sexta... e assim ele ficou mais UM mês comigo.
Era estranho, pois eu entendia tudo o que estava acontecendo comigo, tinha lido muito a respeito na gravidez, mas simplesmente NÃO conseguia sair daquilo! Todo dia acordava super disposta e pensando "pronto, passou" mas a coisa pegava geralmente quando o dia começava a escurecer. Era um pânico, uma angústia... Talvez pq meu filho não dormia a noite toda (até 1 ano e meio) e eu acordava de hora em hora ou a cada 2h. Ainda queria "dar conta" da casa, não dormia quando ele dormia.
Na verdade, nunca mais fui a mesma. Comecei a fazer psicoterapia quando ele fez 2 anos e foi aí que a coisa melhorou de vez.