Gata, fala a verdade: há quanto você não se sente mulher? Tipo: sair com o marido, ir a um barzinho com as amigas, passar no cabeleireiro sem culpa e até viajar por uns dois dias? Nem pensar? Ah, pois trate de pensar. Na semana passada, eu e a Milene participamos do 10º brunch Culpa, Não, da Revista Pais e Filhos, e o ponto alto foi quando uma das participantes, contando a sua história, se emocionou dizendo que, há 3 anos, não sai com o marido. Vive exclusivamente em função da filha. Três longos anos, gente...
Amores, os filhos são as razões das nossas vidas. O amor maior, incondicional, a gente faz tudo por eles. Sim, ninguém nunca vai duvidar disso. Agora, deixando um pouquinho a emoção de lado, pensa comigo: que mal vai fazer para o seu filho se ele ficar longe de você por mais 3 ou 4 horas em determinado dia da semana? Eu sei, a gente passa pouco tempo com eles e sempre está com a sensação de que precisa dar mais atenção, né? Eu também sinto isso. Mas deixa eu te contar uma coisa...
Estou separada há 2 anos e hoje tenho mais tempo pra mim, mas fiquei casada até o João fazer um ano e meio. Mesmo com todos os problemas que tivemos desde que o nosso príncipe nasceu (qualquer dia eu conto aqui pra vocês), sempre tentávamos fazer alguma coisa juntos. Podia ser sair pra jantar rapidinho depois do trabalho, ir ao cinema, fazer umas compras no shopping. E, ó: não temos vovó pra ajudar. João ficava com uma babá.
No começo, foi estranho. Ao mesmo tempo em que era bom ter uns momentos de descanso, era culposo pensar que isso era bom, entendem? Tem outra coisa: pode ser que vocês dois só consigam falar sobre o rebento, mesmo quando estiverem sozinhos. Tudo bem, falem mesmo! Ele virou a razão de existir de vocês dois, não foi? Aos poucos, vocês vão relaxando, encontrando outros assuntos, ficando mais à vontade.
"Ai, Fabi, mas eu não consigo deixar o meu filho com babá nem com vovó nem com ninguém. O que eu faço?" Gatona, eu tenho uma notícia: seu filho é do mundo! Esse é um dos clichês mais verdadeiros que existem. As avós já foram mães, as babá são (bem) pagas pra isso, as tias morrem de amor pelos nossos pequenos. Deem um voto de confiança pra elas!
Ah, tem outra coisa: os filhos crescem. E a gente envelhece. Quando a infância acaba, os pais ficam em segundo plano (vocês devem se lembrar disso, né?). Não podemos projetar todos os nossos anseios e planos em cima deles. Eles vão construir uma vida própria. E a gente quer que eles façam isso, certo?
Não esqueça de você mesma. Use o seu tempo com qualidade, tranquilidade e de uma maneira consciente. Vá ao cabeleireiro, sim. Estude mais, leia mais, saia mais, se arrume mais, cuide mais de você. Mãe feliz = filho feliz
Fabiana Faria, nossa convidada, é há três anos enlouquecida pelo João Victor.
eike emoção!!! <3
ResponderExcluirFabi, entendo perfeitamente! É muito difícil manter equilibradas essas duas vidas de mulher e de mãe sem morrer de culpa. No começo foi bem difícil mas hoje levo um pouco melhor, senão acabo enlouquecendo!
ResponderExcluirAdorei seu post, que este seja o primeiro de muitos! Beijos!
Adorei o post, escrevi um dias desses que eu tava virando um ogro depois que o Davi nasceu, não é fácil, mas temos que equilibrar isso, afinal quem você será depois que seu filho não precisar mais de você? É preciso mais organização, mas é possível.
ResponderExcluirBjussssssssss
A gente já é/fica louca todos os dias com as coisas dos filhos. Não podemos nos dar ao luxo de enlouquecermos com as nossas coisas? Hehehehe....
ResponderExcluirBrigadão, amore! Também espero que seja o primeiro de muitos <3
Obrigada pelo comentário, Jackeline! É difícil mesmo, mas nossos filhos se espelham na gente, sabe? Acho que esse pode ser o maior estímulo para tentarmos ser pessoas mais realizadas ;-) Beijos, Fabi
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