Loucura Materna: De onde vem o amor?

quinta-feira, 15 de março de 2012

De onde vem o amor?

A Dina comentou conosco sobre uma foto que viu no facebook, na qual falava que o Movimento Gay é criminoso pq priva a criança da mãe. Achei tão revoltante. Primeiro pq quem ama não vê sexo, se é pai e mãe, se são duas mães, dois pais, um pai ou uma mãe. Eu acredito que não importa de onde venha o amor e sim que ele venha.



Fico pensando em quem acha melhor ver crianças abandonadas nas ruas, sem pai e sem mãe, privadas de alimentação adequada, educação formal e de amor. Se uma pessoa acha que uma criança será melhor criada sozinha, jogada na sorte a ser criada por um casal gay só pode ser maluca.

Nem venha falar que o casal não será uma boa referência, que pode influenciar. Isso é muita chatice da sua parte.

Amor não vê raça, não vê sexo, não vê religião, amor simplesmente é amor e se apresenta das mais diversas formas.

Na minha opinião, isso é preconceito puro e simples.

Quando estava grávida ouvia as mães falando que quando o bebê nasce que a gente sabe o que é amor incondicional, que ao olhar o filho o amor surgia, que não dava para explicar e não entendia isso. 

E isso aconteceu comigo, amava meu bebê dentro da minha barriga, mas era diferente. Quando aquele serzinho foi-me apresentado surgiu um amor de não sei ao certo onde e eu posso dizer que é diferente de tudo que senti antes na minha vida. Vendo ele percebi que o amor que sinto veio de algum lugar desconhecido e que não fazia diferença alguma para mim se ele tinha 5 dedos em cada mão ou não, eu sabia que ele era meu filho e que isso era para sempre, que não existiria amor maior para mim. Acredito que seja a mesma coisa para mãe de dois, de três ou mais filhos. E logicamente também para os pais, pq é instantâneo e arrebatador.

Aí vem me falar que gays não podem ser bons pais, como assim? Ao conhecerem o seu filho este amor é natural, não é imposto e a necessidade de fazer a criança amada é para sempre, de querer o melhor para a criança também. Não há como dizer que amor de pai e mãe é melhor que amor de pai e pai, mãe e mãe, de mãe solteira...

Amor não tem barreiras e quando se quer ele vem de qualquer lugar.



36 comentários:

  1. Olá Ana Carolina!
    Que postagem bonita e consciente! O amor é incondicional, apenas isso. (sorrio)
    Abraços.
    Convido para que leia e comente “O INFERNO SEGUNDO CONSTA” no http://jefhcardoso.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. Amor vem do coração e da alma ,não tem sexo,não tem raça !!!! O sentimento mais profundo que existe!!! O preconceito vem de pessoas que não entendem isso. De que adianta parir e vir de pai e mãe se vai matar ,espancar ,ou abandonar como vimos muito isso!! Ao invés de criticar as pessoas deveriam pensar mais nisso!!!

    ResponderExcluir
  3. Lindo texto, parabéns!
    :)
    Bjs
    #amigacomenta

    ResponderExcluir
  4. Lindo! Amor que se sente por um filho é mesmo arrebatador e ele se forma à partir do positivo, mas  só se concretiza com o olhar, qdo pousamos nossos olhos naquela coisinha minúscula, enrugada e com cara de joelho e achamos a criatura mais linda que Deus pôs sobre a terra. Ora pois, se este amor arrebatador se concretiza no olhar, acho que qualquer pessoa que tenha dentro dela muito amor e esteja disposta a amar alguém,pode se arrebatar assim por uma criança, seja ela fruto do seu ventre ou não.
    Da mesma forma que existem pais que geram e depois negam a paternidade, mães que gestam e depois jogam seus bebes na lixeira, acredito que existam por aí muitos pais e mães com tanto amor pra dar mesmo sem poder gerar e gestar. Mais importante que ter um pai e uma mãe no registro de nascimento é ter alguém que ame, ampare, eduque e conforte.

    bjs

    ResponderExcluir
  5. Adorei o post, Ana! E penso como vc, que para uma criança o amor não tem sexo, e não importa de onde venha, tanto é que a gente vê casos de crianças que não recebem tanta atenção dos pais e procuram amor e referências em outras pessoas. Te confesso que quando eu tava gravida eu não amava aquele ser dentro de mim, eu tinha todo instinto de proteção lógico, mas o amor pra mim veio depois, ao conhecer e cuidar. Por isso acho que se adotasse amaria da mesma forma! Sou super a favor de adoção por pais gays, acham que deveriam facilitar essa burocracia! beijo
    amigacomenta

    ResponderExcluir
  6. Os pais amam menos que as mães? São menos amados?
    As crianças que perdem as mãe e são criadas pelos pais são menos felizes?

    Sinceramente, amor é amor, e de qualquer forma vale a pena.

    Pra que é contra fica a pergunta: É melhor ser amado por dois pais, ou viver na esperança (em um orfanato) de encontrar uma mãe?

    É o preconceito das pessoas falando alto. São esses pais que criam filhos homofóbicos, e por ai vai... ixi, a discussão vai longe!

    ResponderExcluir
  7. Você como sempre arrasando nos seus textos,  e realmente de onde vem o amor? 
    È triste ver como por preconceito as pessoas deixem de amar e ser amadas.

    Beijo

    ResponderExcluir
  8. Que texto incrível! Adoro o que você escreve!!!!
    Pra ser bem sincera, amor, amor mesmo só apareceu quando Luna saiu da minha barriga! não tive muitos incômodos durante a gestação (tirando a parte que tive que fazer repouso por ser hipertensa) tudo ocorreu bem: nada de enjoôs, dormi bem até no último dia, enfim, tudo perfeito. Eu amava estar grávida, mas ainda não me sentia mãe... Quando Luna nasceu, ainda não foi aquela coisa de supetão, foi um amor construído, fomos nos conhecendo e o sentimento crescendo e hoje nem cabe em mim.
    Se o amor surgisse instantaneamente assim como dizem todas as crianças seriam felizes, não seriam aboandonadas, o mundo seria perfeito, não acha?
    E quanto o preconceito de achar que um casal gay pode influenciar a sexualidade de uma criança, como explicar então tantos gays nascidos em família heterosexuais?

    Beijão.

    ResponderExcluir
  9. De acordo com esse Movimento que a Dina viu, Deus tb deve ser criminoso, pq priva algumas crianças de conviver com suas mães (porque elas morrem), né? Os viúvos deveriam reclamar disso...

    Concordo com vc e com a Dina, mil vezes melhor ter dois pais e nenhuma mãe do que ficar num orfanato sem chance de ter família. E vou além: mil vezes ter dois pais e nenhuma mãe do que ter um pai e uma mãe do estilo que vemos muito por aí, que não estão nem aí para o filho, que espancam, exploram, violentam.

    Adorei seu post!!

    Beijos
    Tati
    Mulher e Mãe
    #amigacomenta

    ResponderExcluir
  10. nossa, achar que gays não têm o direito de serem bons pais ou mães é tãoooo absurdo... pra mim é coisa antiga, fora de moda, de gente que não se atualizou no mundo em que vivemos. E pior, coisa de gente que vai educar os filhos intolerantes, achando que o "certo" é reproduzir o modelo pai+mãe+filho (não que não seja, mas não é SÓ esse modelo que garante felicidade, amor, união e sentido de família!). 
    As crianças nascem tão sem preconceitos, uma pena que cresçam adultos tão limitados...  temos nossa parcela de culpa, heim? por isso nossa responsabilidade na educação de mundo que damos pros filhos! Aproveitando o gancho, vcs já viram o vídeo da reação de um menininho quando encontra um casal de gays pela primeira vez? Então, é simples assim... http://www.youtube.com/watch?v=-4-UXtROdGo
    beijos e parabéns pelo texto e por tocar num assunto tão importante! 

    Carol 
    www.ninaensina.com.br

    ResponderExcluir
  11. Adorei o vídeo, postei lá na nossa página do Facebook.

    E realmente crianças são sem preconceitos e eu acredito que devemos mantê-las o mais longe de qqr forma de discriminação para formar um cidadão que saiba fazer julgamentos adequados e não por raça, credo, sexo ou condição social.

    Obrigada por comentar!
    Beijos,
    Ana Carolina

    ResponderExcluir
  12. É verdade existem tantos casais que deveriam formar uma família perfeita (ou quase) e simplesmente negligenciam os filhos.

    Obrigada Tati!
    Beijos,
    Ana Carolina

    ResponderExcluir
  13. Realmente Rose não teríamos crianças abandonadas se todas as mães/pais amassem seus filhos de imediato. 

    Obrigada Rose!!Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  14. Li seu post ouvindo um trecho de  uma música na minha cabeça:
    - amor que não se pede, amor que não se mede, que não se repete!! AMOR.

    Quando será que as pessoas vão se conscientizar que a vida é mais do que a opção sexual da pessoa?? 

    Eu sinceramente não sei nem o que dizer a respeito, acho que o amor não deve ser discutido ainda mais recriminado e discriminado de uma maneira tão vulgar e ignorante sendo tratado e julgado como um crime. 
    Faço minhas as palavras da Fabi:
    Amor é amor e ponto final.

    Amei seu texto.

    Beijão.

    ResponderExcluir
  15. Exato Fabi sendo amor não faz diferença!

    Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  16. É a discussão é longa... mas não deve deixar de ser feita.
    Quando vi aquela imagem fiquei revoltada. Aliás todas nós!

    Tks Dina!
    Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  17. Verdade Cynthia, temos que lutar por leis que facilitem a adoção por quem quer seja.
    Assim teremos menos crianças em abrigos e mais em famílias e não importa a formação da família.

    Obrigada Cynthia!!!Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  18. Ter alguém para amar e ser amado é a melhor sensação do mundo!!!

    Obrigada Tuka!!!
    Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  19. Exato Patrícia!
    Temos que ter uma família sólida, seja lá qual for sua formação!!!
    Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  20. Ninon obrigada pelo comentário.

    Qualquer tipo de discriminação/preconceito é tão baixo que não deve ser levado em consideração. Temos sempre que pensar no bem das crianças, em dar uma formação para elas e ensinar que respeito é o melhor caminho!

    Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  21. Oieee,

    Adorei e concordo plenamente!!
    O q importa é o amor, no final, só ele é capaz de perdoar, construir, libertar, encaminhar...
    O amor é a arma mais poderosa da humanidade, uma arma que nós, mães e pais, temos multiplicada dentro da gente quando nos tornamos pais, uma pena que nem todos os seres humanos sejam capazes de reconhecer isto.
    Infelizmente, o cérebro é uma coisa que, apesar de todos os humanos possuirem, poucos usam! hehehe

    Bjos,

    Loreta #amigacomenta;)
    @bagagemdemae 

    ResponderExcluir
  22. Amor é amor e como você diz não importa mais nada!!! Sendo uma amor que fortacele, que acrescenta e faz bem!!! Adorei o post e concordo super com vc!
    Abraços
    Falou Tchau

    ResponderExcluir
  23. Muito sensato o post e suas palavras.
    Amor é amor, independente se é em uma família dita tradicional ou não. O que importa são os valores e a a criação.

    E as mães solteiras? E os pais solteiros? E os pais adotivos? Amam menos seus filhos por fugirem desse padrão?

    A boa notícia é que cada vez mais as pessoas estão se desamarrando desses preconceitos bestas!

    Beijos!!

    ResponderExcluir
  24. Te fato o amor não ver essas coisas, mais engraçado que eu conversa ontem sobre isso com uma amiga, eu não sou contra e também não sou a favor, prefiro manter minha linha pensamento por enquanto neutra.
    devido a duas situações:
    1-O casal gay tem que ter uma estrutura muit boa, para ensinar essa criança a lidar com os preconceitos da sociedade;
    2- É melhor que a criança tenha um abrigo, educação, amor e cuidados;
    Então o amor não ver cor, religião, sexo, nem nada, contudo conforme a criança vai crecendo é preciso ter muito preparo, para que a criança não sofra as mazelas que a sociedade vai querer impor a ela!

    ResponderExcluir
  25. Ser neutra e aceitar as diferenças é muito sensato!!!

    Obrigada Fanny!
    Beijos, 
    Ana Carolina

    ResponderExcluir
  26. Os tempos são outros, as famílias mudaram e o amor não vê certas convenções!!!

    Obrigada Thata!
    Beijos, 
    Ana Carolina

    ResponderExcluir
  27. Adorei o comentário,
    Obrigada.
    Beijos,
    Ana Carolina

    ResponderExcluir
  28. Adorei Loreta!!!
    Verdade mesmo se todos usassem o cérebro seria bem melhor!Obrigada pelo comentário.Beijos,Ana Carolina

    ResponderExcluir
  29. Obrigada Michelle!!!
    A gente tem que se deixar amar e amar livre de qualquer amarra.

    Beijos, 
    Ana Carolina

    ResponderExcluir
  30. Oi querida,
    Eu entendo e concordo com vc, só penso que deveríamos levantar a questão sobre como essas crianças deverão ser bem "trabalhadas" para os preconceitos que enfrentarão. 
    Imagina só numa festinha de escola?
    Infelizmente vivemos num mundo preconceituoso pra tudo.
    Beijo grande!!
    Genis 

    ResponderExcluir
  31. O mundo mudou, as famílias mudaram, não existe mais um padrão. Não acho que exija muita preparação com as crianças quanto a isso, pois elas percebem o que ocorre à sua volta. Quando uma coisa é natural e encarada sem tabus ou fogos de artifício, fica natural para elas também. Agora estou recém separada, mas há 12 anos meus filhos viveram o modelo tradicional familiar. Só que, desde muito cedo, sabem que existem meninos que casam com meninos e meninas que casam com meninas. Então, se passarem na rua e verem um casal assim, ou se por acaso na escola tiver uma família com esse formato, eles não vão estranhar nem um pouco. Acho que não são os filhos dessas novas famílias que têm que ser preparados, mas os das famílias tidas como tradicionais, para livrarem um pouco desses preconceitos nossa sociedade.

    ResponderExcluir
  32. Eheheheh fui lá e já comentei!!!
    Obrigada Cris!
    Beijos,
    Ana Carolina

    ResponderExcluir
  33. Genis ótimo ponto!
    Ensinar a lidar com os preconceitos é importante também!
    Obrigada pelo comentário!
    Beijos, 
    Ana Carolina

    ResponderExcluir

obrigada pelo comentário!

Postagens mais visitadas