
Hoje em dia muitos casais pensam em ter filhos, mas poucos pensam em adotar crianças. Esse ato de amor ao próximo requer muita paciência e vontade para conseguir levar esse processo a diante.
Já ouvi muita gente falar que os genes dos pais permanecem em muito na personalidade do filho. Alguns dizem que conheceu fulano que adotou ciclano, deu educação, amor, e mesmo assim o ciclano só deu problema. Seria mesmo do sangue isso? Vi no jornal outro dia que estudos comprovam que se o pai é alcoólatra, o filho tem essa pré-disposição, mas até onde isso pode nos impedir de sermos melhores que os nossos pais?
Hoje é dia para falarmos sobre "vida real", dia de refletir... e a menina que aqui vos fala deixou os genes ruins de lado no momento em que foi AMADA. Adotada não, ESCOLHIDA!
Como já relatei várias vezes no meu blog pessoal minha mãe faleceu quando nasci – fui a quarta filha – meu pai não teve "forças" para criar seus filhos após essa perda e nos “distribuiu” entre os familiares, Deus que me perdoe expor isso, mas enfim, faz parte da minha história.
Uma tia minha tinha apenas um filho e resolveu me criar. Tudo a impedia no momento, eu nasci prematura, com 1,200 kg, como ela sempre me conta, eu cabia em uma caixa de sapatos. Mas ela quis, persistiu e me amou desde o primeiro momento. Sai da maternidade e logo diagnosticaram que eu não viveria nem dois meses, eu estava com pneumonia, o que fez que minha mãe lutasse, cuidasse de mim 24 horas por dia, meu pai – marido dela – fazia toda correria em bancos de leite o dia todo, afinal eu precisava do leite materno pra sobreviver. Fui criada com amor, educada de maneira severa. Eles insistiram em me dar a vida.
Na adolescência tinha momentos de revolta sim. Aquelas cenas de novelas, onde ofendemos nossos pais tocando na ferida, questionando: “Se é pra ser assim por que me adotou?” Minha mãe sempre disse: “Não adotei, escolhi. E escolhi por que te amei, porque eu quis VOCÊ! Não para simplesmente passar a mão em sua cabeça!”. E isso sempre me deixou orgulhosa, me fez querer ser a melhor filha.
Tem casais que adotam e não aguentam o tranco de ter um filho que muitas vezes vem da “barriga” com um personalidade forte, questão de criação, mas o fato de criar a criança errado, ter fracassado nessa parte, faz com que casais culpem os antigos pais. O que você acredita? Educação vem de berço ou do DNA? E quando falhamos com filhos biológicos a quem culpar?
Eu posso dizer, quando vejo a mim, e meus outros três irmãos, TODOS diferentes, em conceitos, sonhos e objetivos, o que falou mais alto nesse caso foi a criação, o amor dado por quem nos criou – cada um foi criado por uma pessoa diferente.
Graças a Deus fui presenteada, você já pensou em fazer esse ato de amor? Em mudar o destino de uma criança? Em escolher um filho para você amar e educar?É uma decisão difícil, mas digna de admiração a quem a faz.
Eu já pensei em adotar e penso ainda. Mas as vezes o que nos impede é o medo, a burocracia do sistema, a longa espera, desnecessária, da fila para adoção.
Mas vale a pena pensar nesses assunto, conhecer orfanatos da sua região, afinal maior que o nosso sonho de ter filhos, somente o daquelas crianças de ter pais.
Beijos Dina
Fonte das imagens: Getty images
Nossa, Dina, que história linda! Acho que muitos casais tem vontade de adotar filhos o problema é que infelizmente a burrocracia torna tudo muito mais difícil e demorado!
ResponderExcluirOlá Dina, estou com lágrimas nos olhos, pois sua história me fala muito de perto. Assim como você fui escolhida e já relatei em meu blog também. Me sinto sortuda em ter "caído" na família que "caí", claro que não caí e sim fui presenteada. Os laços do coração são os mais importantes! Assim como você, quando vejo minhas irmãs que ficaram em orfanatos e não tiveram a benção de ter um lar, tenho certeza que ganhei na loteria.
ResponderExcluirBeijo Dina.
Parabéns pelo post.
Já pensei sim e ainda penso, já até sonhei d alguém deixar um bebezito na minha porta rsrs,(mas se eu realmente adortar nem quero um bebe quero um maiorzinho, por que o povo já tem essa historia de querer só bebês e as crianças maiores acabam ficando de lado né?)! Mas justamente pelo medo e por tudo isso que você falou a gente vai adiando adiando... Mas um dia quem sabe né? Só Deus...
ResponderExcluirLindo, lindo, lindo demais!!!
ResponderExcluirMe emocionou de verdade! (pra não dizer que chorei)
E você tem toda razão, a criação fala mais alto que o DNA na hora de moldar o caráter de uma pessoa.
Beijão.
Que lindo Dina!
ResponderExcluirAmiga, sua história é linda e vc foi muito abençoada!
ResponderExcluirTbém tenho vontade de adotar, quem sabe depois do segundinho?!
Super beijo e parabéns pela história de vida linda!
Dina, sua história é linda e vc foi muito corajosa em expor pra gente!!
ResponderExcluirConheço histórias mal sucedidas de adoção pq a postura dos pais de não contar pro filho adotado acabou se voltando contra eles, gerando revolta.
Mas histórias bem sucedidas como a sua realmente são lindas de se ler e sobrepõe qualquer exemplo triste. Um beijo!
já tinha lido sobre a sua história e me emocionei hoje me emocionei denovo,
ResponderExcluirMinha mãe quando casou foi morar com a mãe do meu pai, e acabou que ela nem cuidou de mim me deixou de lado quem cuidou de mim foi a minha vó e minha tia, amor de mãe mesmo sinto pela minha vó que é quem sempre esteve do meu lado que é quem ficou feliz de verdade quando viu na ultra que meu bebê era um menino, se minha mãe me deu 2 beijos foi muito em toda minha vida... Mãe é quem cria, quem dá amor e educação e vc Dina recebeu muito e merece muito mais...
bjos
Haa q lindaaaa
ResponderExcluirTenho muita vontade de adotar, muita mesmo!
Me emocionei, muita sabedoria da sua mãe em dizer que você foi escolhida.Meus padrinhos adotaram duas irmãs que a mãe faleceu uma tinha 5 anos e a outra1 anos. E percebo que realmente é o amor e a dedicação que eles criaram as duas, que prevaleceu na formação do carater delas.
ResponderExcluirMe emocionei em pensar do quanto sua mãe te queria o quanto ela lutou que você fosse sua filha(a escolhida).
Seja muito Feliz!
Dina, tua história é linda! Mas faço uma pequena objeção: ao "escolher" um filho, é que muitos pais adotivos erram, pois filho não se escolhe como que escolhe uma fruta madura na feira. Filho se ama e pronto. O termo pode ter sido usado pela tua mãe para explicar o amor dela por ti, mas ela não te escolheu, ela te amou assim que te viu e por isso "escolheu" tornar-se tua mãe.
ResponderExcluirTodos os casos de sucesso com adoção que eu conheço, tornaram-se bem sucedidos porque o amor falou mais alto que o sangue. Pais e filhos tornaram a adoção apenas um detalhe em suas biografias e não a essência delas.
Você foi abençoada, assim como tua mãe, porque o amor em vocês fez toda a diferença na tua vida.
Beijos
Amei! E o texto todo valeu por esta frase "... afinal, maior que o nosso sonho de ter filhos, somente o daquelas crianças de ter pais.", perfeito!
ResponderExcluirTuka, o escolher que me refiro não é tipo: ESCOLHI VC, mas ESCOLHI TER VOCÊ, TER UM FILHO, ADOTA-LA.
ResponderExcluirEntende?
Eu também quero escolher um filho, não somente adota-lo um dia.
Obriga Mi =)
ResponderExcluirSe existe a vontade Nat pense, converse com seu marido e familiares... quem sabe não é a hora?!
ResponderExcluirBeth, obrigada =)
ResponderExcluirRealmente, mãe é quem cria, pai também.
Hoje tenho contato com meu pai biológico, e não sinto "amor" por ele, somente um respeito e nada mais. Já o meu pai de criação, eu tinha loucura por ele...
Na familia do Ju tem 3 adotados, todos rebeldes... com causa, a cauda da educação que receberam!
ResponderExcluirE isso desencoraja o JU nesse ato, é dificil faze-lo entender que nós podemos fazer diferente sabe?
Own, pensou o terceirinho???
ResponderExcluirPensa que pelo menos vc não enjoa! rs
Own Rose S2
ResponderExcluirEssa é a minha idéia, e quero um mulatinho rs
ResponderExcluirQuero o tipo "menos" adotado sabe?
Nada de bebezinho loiro de olhos claros, aqueles que todo mundo escolhe...
Somos felizardas =]
ResponderExcluirExato, uma tia minha ficou 10 anos na fila. Ela tinha condições financeira, fisica e emocional, e nada. Um dia ela desistiu... muito triste.
ResponderExcluirAcho que esses pais que ficam "na fila" devem sofrer muito, não sei por que tornar tudo assim, dificil.
Linda história, adotar é uma ato de amor
ResponderExcluir=´)
Oiii,
ResponderExcluirPrimeiro quero dizer q adorei vcs terem se juntado pra escrever aqui!!
Muuuito bacana!!
Antes de ter os meus filhos, tive dificuldades para engravidar, passei por dois abortos bem dolorosos e então, decidi que iria adotar pois, pra mim nunca houve este preconceito de não ser da minha barriga, existe aquela máxima: pai é quem cria!
Enfim, dei entrada nos processos de adoção e então engravidei!!
A adoção ainda faz parte dos meus planos, mais pra frente, qdo meus pequenos estiverem maiores!!
Fico triste qdo escuto este tipo de besteira de amigas, tenho uma em particular q ja tentou a fertilização in vitro 3 vezes sem sucesso mas, diz q não quer adotar pq "não sabe o que é q vai vir", pode isso??
Adorei seu post!
Aliás, como sempre, né??
Bjoooo,
Loreta
@bagagemdemae
Muito legal o post da Di, eu ja conhecia do colcha e já gostava muito... Uma coisa é certa já pra mim e pro meu noivorido, um dos nosso filhos será adotivo, nascerá do coração...
ResponderExcluirBjooo
Obrigada Isa.
ResponderExcluir=]
Nos meus tmbm, daqui alguns anos, se Deus quiser o terceiro já vai chegar aqui grandinho rs
ResponderExcluirBjsss querida.